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Historia


Os cognomes, apelidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na antigüidade, dizem os especialistas que o primeiro povo conhecido a se utilizar de sobrenomes foram os chineses.

Entre as historias mais famosas distingue-se a do imperador Fushi que decretou o uso de sobrenomes (ou nomes de família) no ano 2850 a.C.

Os romanos possuíam um sistema próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele, pela historia desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas remotas e que já fosse de uso comum logo após o inicio da expansão do poderio de Roma, os romanos possuíam um sistema pelo qual identificavam no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi uma forma de se identificar um grupo familiar em especifico, porem, com a queda do Império Romano em 476 d.C. este sistema virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.

Na idade média (476-1453) passou, pois, a vigorar tão somente o nome de batismo para designar, distinguir e caracterizar as pessoas. Fala-se em nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os povos invasores foram cristianizados em massa no período que se segue à desagregação do Império. O cristianismo se tornou um elemento aglutinador que aproximou todos estes povos.

O estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma grande variedade de nomes e palavras que paulatinamente foram sendo latinizadas, salienta-se que os povos estrangeiros não possuíam a tradição da sobrenominização das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no abandono de tal costume.

O aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores, principalmente germânicos, o abandono da sistemática latina de individualizar pessoas, a influencia do cristianismo que difundia os nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os nomes se repetiam com freqüência o que tornava difícil distinguir um indivíduo de outro.

Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para se distinguir um cidadão do outro, para tal finalidade foram criadas algumas formulas que auxiliavam em tal distinção.

Na verdade, não foram estabelecidas normas baixadas pôr autoridades, mas sim o surgimento de um modo espontâneo na pena do escrivão, no convívio social e na linguagem popular que inventava formas para distinguir os dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade.

Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos foram encontrados por volta do século VIII, ou seja após o ano 701 d.C.

Na Inglaterra por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano de 1066. Foi só no inicio do renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.

No ano de 1563, o Concílio de Trento concretizou a adoção de sobrenomes, ao estabelecer nas igrejas os registros batismais, que exigiam, além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou santa, um sobrenome, ou nome de família.

Texto elaborado por Luiz Carlos Benzi com base nas fontes citadas no mesmo e/ou publicadas em http://www.sobrenomes.kit.net